Sobre o adeus

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Há tantas palavras engolidas num aceno. Palavras que preencheriam um livro e, que, no entanto, se escondem nas palmas das mãos que te acenam adeus. O teu ir embora em mim tem o peso da gravidade. A tua ausência é a distância de todas as galáxias, de todos os planetas. E eu engulo as palavras ao invés do choro, enquanto você desaparece feito um barquinho no horizonte. E te aceno, e aceno e aceno, esperando que você me acene de volta, que você também engula as palavras, para que a tua boca me diga elas, sobre a minha, quando o teu barco atracar no meu porto de novo.

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